Intervenções do FMI em Portugal nos anos 70 e 80
Este site é dedicado à apresentação de material respeitante ao projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia sobre as intervenções do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal nos anos 70 e 80 do século XX. Diverso material documental respeitante a essas intervenções será publicado no site, para além dos resultados científicos do projecto, que irão sendo publicados à medida que forem sendo concluídos. Estes resultados incluem artigos e livros, entrevistas a protagonistas da época e outro material acessório para a compreensão daquelas intervenções.
Nas últimas décadas, pensou-se que a economia portuguesa não voltaria a necessitar da assistência financeira do FMI, mas a verdade é que, 25 anos depois da sua última intervenção (1983-1985), Portugal voltou a aceitar essa assitência (agora em associação com Comissão Europeia e o Banco Central Europeu). Na realidade, ao contrário da ideia corrente, nos últimos 40 anos, Portugal aceitou, não três mas quatro intervenções externas semelhantes: em 1977-78, em 1978-79, em 1983-1985 e em 2011-2014. A segunda e a terceira são as historicamente mais conhecidas e são normalmente vistas como tendo sido um "sucesso". As opiniões sobre a mais recente dividem-se.
Apesar da impressão de sucesso das intervenções de 1978-1979 e 1983-1985, muito poucos trabalhos lhes têm sido dedicados. Os contornos precisos dos programas não são bem conhecidos, em particular no que se refere à condicionalidade imposta ao país, e os seus efeitos exactos sobre a economia não foram medidos. A ideia de "sucesso" associada às intervenções está geralmente baseada no facto de elas terem resolvido o problema imediato que as causou, um desequilíbrio externo, medido pela balança de pagamentos. Mas também está baseada no facto de elas terem sido seguidas por momentos de crescimento interessantes, sobretudo depois da intervenção de 1983-1985. Os propósitos principais do projeto são, em primeiro lugar, reconstituir de maneira precisa as características das intervenções de 1977-78, 1978-1979 e 1983-1985 (os montantes envolvidos, os termos da condicionalidade e as políticas realmente levadas à prática) e, em segundo lugar, avaliar os efeitos dos programas na economia portuguesa.
Nas últimas décadas, pensou-se que a economia portuguesa não voltaria a necessitar da assistência financeira do FMI, mas a verdade é que, 25 anos depois da sua última intervenção (1983-1985), Portugal voltou a aceitar essa assitência (agora em associação com Comissão Europeia e o Banco Central Europeu). Na realidade, ao contrário da ideia corrente, nos últimos 40 anos, Portugal aceitou, não três mas quatro intervenções externas semelhantes: em 1977-78, em 1978-79, em 1983-1985 e em 2011-2014. A segunda e a terceira são as historicamente mais conhecidas e são normalmente vistas como tendo sido um "sucesso". As opiniões sobre a mais recente dividem-se.
Apesar da impressão de sucesso das intervenções de 1978-1979 e 1983-1985, muito poucos trabalhos lhes têm sido dedicados. Os contornos precisos dos programas não são bem conhecidos, em particular no que se refere à condicionalidade imposta ao país, e os seus efeitos exactos sobre a economia não foram medidos. A ideia de "sucesso" associada às intervenções está geralmente baseada no facto de elas terem resolvido o problema imediato que as causou, um desequilíbrio externo, medido pela balança de pagamentos. Mas também está baseada no facto de elas terem sido seguidas por momentos de crescimento interessantes, sobretudo depois da intervenção de 1983-1985. Os propósitos principais do projeto são, em primeiro lugar, reconstituir de maneira precisa as características das intervenções de 1977-78, 1978-1979 e 1983-1985 (os montantes envolvidos, os termos da condicionalidade e as políticas realmente levadas à prática) e, em segundo lugar, avaliar os efeitos dos programas na economia portuguesa.